Gestadi - Revista do Grupo de Estudo de Análise do Discurso
http://www.gestadi.periodikos.com.br/article/doi/10.5281/zenodo.15594146
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POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ANGOLANAS: CORREÇÕES E PROPOSTAS

Agostinho Mulombo Domingos

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Resumo

O presente estudo refletiu em torno das políticas linguísticas angolanas, desde o período colonial ao pós-colonial. A Constituição da República de Angola (2010), a Declaração Universal de Direitos Linguísticos (1996) e Lei de Bases do Sistema de Educação de Angola (2001) contribuíram para uma análise mais contextual sobre políticas linguísticas angolanas. A neutralização das línguas africanas era uma política seguida à risca pelos portugueses. Uma das medidas para a concretização desse desígnio era o ensino da língua portuguesa em toda a África lusófona. Na prática atual, as políticas linguísticas ainda dão o privilégio exclusivo à Língua Portuguesa como língua oficial e de escolarização, mesmo havendo uma pluralidade de falantes cuja língua materna é o Kimbundu ou outras línguas bantu de Angola. Esta pesquisa conclui que a oficialização exclusiva do português foi o maior erro da história das políticas linguísticas em Angola, na medida em que se teve o melhor momento para garantir o estatuto de oficial às nossas línguas nativas e preparação de melhores políticas linguísticas

Palavras-chave

políticas linguísticas, Língua Portuguesa, Línguas bantu de Angola.

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Submetido em:
05/05/2025

Aceito em:
04/06/2025

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