A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA NO GALINHEIRO: UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA DO FILME ‘FUGA DAS GALINHAS’
Paula Ramos Ghiraldelli
Resumo
O presente artigo tem como objetivo promover uma análise do filme Fuga das Galinhas
(CHICKEN RUN, 2000), a partir da teoria sociológica do marxismo histórico-dialético,
verificando como os conceitos se apresentam na narrativa. É possível observar as concepções
apontadas por esses pensadores quando se pensa a respeito da sociedade atual, inclusive quando
observamos as representações sociais, como filmes cujo plano de fundo é a sociedade capitalista.
É o caso do objeto em análise, já que a narrativa se refere, de forma cômica e metafórica à estrutura
capitalista e suas relações de dominação. Como os trabalhadores estudados por Marx, no séc XIX,
as galinhas viviam em um ambiente de trabalho opressor, no qual eram alienadas, separadas do
seu fruto de trabalho, um sistema que gerava pavor entre as mesmas, sempre com medo do fatídico
dia em que seriam mortas por seus dominadores. A única maneira encontrada para alcançar o
sonho, inicialmente utópico, de liberdade, foi através da organização e união entre si – tal como
as proposições marxistas apontam –, promovendo a revolução em sua microssociedade que
culminou com a destruição do modo de produção capitalista, simbolizado pelo galinheiro e a
consequente queda da burguesia dominante, representada pelos proprietários da granja, Sr. e Sr.ª
Tweedy.
Palavras-chave
Referências
BONA, Rafael José; HOCHSPRUNG, Juliana. Cinema e Educação na trilogia clássica dos filmes Star Wars. Esferas, n. 13, p. 85-94, mar. 2019. Disponível em: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/esf/article/view/9716. Acesso em 04 ago. 2023.
CHICKEN RUN.
Textos sobre ensino e educação: Karl Marx e Friedrich Engels. Campinas, SP: Navegando, 2011.
RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
Submetido em:
04/08/2023
Revisado em:
04/08/2023
Aceito em:
04/08/2023